“Vivemos uma época em que o velho morreu e o novo ainda não pôde nascer, certamente afogado pelas vísceras e sangue coagulado das antigas – mas sempre ressuscitáveis, ao modo zumbi – estruturas de poder e de subjetivação.” (Andityas Soares de Moura Costa Matos)
Propondo alternativas às noções de desobediência já capturadas e subjetivadas, a obra “Ensaios de desobediência epistemocrítica: dimensões antagonistas na era das sujeições bio-político-cibernéticas”, volume 1, da Série “Desobediências e democracias radicais: a potência comum dos direitos que vêm”, busca encontrar outras desobediências que não separem e alienem os modos dos seres, mas torne possível seus encontros.
De organização de Andityas Soares de Moura Costa Matos, a série reúne, em seus 7 volumes, ensaios que tratam das dimensões concernentes à desobediência civil e busca se desvencilhar das formas já cooptadas, higienizadas e capturadas destas potências. Analisando e propondo formas de insurreição que vão além das cartilhas já conhecidas e frágeis diante do cenário político filosófico da contemporaneidade, os autores debatem alternativas diferentes da lógica vigente já sufocada pelo poder estabelecido e pela subjetivação.
É uma obra de fôlego que, a partir dos ensaios apresentados, chama o leitor a refletir sobre novas formas de abordar o verdadeiro estado de exceção em que vivemos atualmente, ainda que de forma abstrusa.
“Ensaios de desobediência epistemocrítica: dimensões antagonistas na era das sujeições bio-político-cibernéticas” faz parte da série “Desobediências e democracias radicais: a potência comum dos direitos que vêm”.
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Conheça os demais volumes da série:
BIOPOLÍTICA E O COMUM
A palavra “biopolítica” traz em si uma riqueza de significados. Denota, porém e basicamente, uma política que lida com a vida. Pode ser entendida como forma de governo da vida e também como a vitalidade emanada da potência do comum.
A obra “ Biopolítica e o Comum: estudos práticos e teóricos de política contemporânea”, volume 2 da Série “Desobediências e democracias radicais: a potência comum dos direitos que vêm”, organizada por Andityas Soares de Moura Costa Matos e Lorena Martoni de Freitas busca traçar um panorama da biopolítica em seus múltiplos usos, incluídos seus desdobramentos conceituais e suas consequências para além das teorias.
Ao longo da obra, são debatidas as diferentes possibilidades de ruptura dos ciclos de expropriação pelas forças privadas, oferecendo uma perspectiva de confronto diante destas forças.
"Biopolítica e o Comum: estudos práticos e teóricos de política contemporânea” faz parte da série “Desobediências e democracias radicais: A potência comum dos direitos que vem”
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AFRONTANDO A LÓGICA DA COLONIALIDADE
Vivemos a necessidade de uma segunda descolonização, especialmente porque movimentos emancipatórios latino-americanos dos séculos XIX e XX mantiveram inalteradas diversas estruturas de dominação das práticas coloniais.
O padrão de poder autocentrado justificaria, além da tomada de terras, e imposição de culturas, em verdadeiras catástrofes naturais e demográficas, incluindo políticas genocidas contra uma população colonial e racializada.
Ainda que não busque trazer respostas prontas para o problema da colonialidade, “Afrontando a lógica da colonialidade”, organizando por Andityas Soares de Moura Costa Matos e Thaísa Maria Rocha Lemos – e terceiro volume da Série “Desobediências e democracias radicais: a potência comum dos direitos que vêm” – , propõe um verdadeiro universalismo concreto que abrange a possibilidade de coexistência dos particulares.
Os textos que compõem a obra transitam por diversos temas atinentes ao processo de conformação histórica da colonialidade, buscando alternativas para ressignificar relações epistêmicas, de gênero, raciais, naturais, econômicas.
“Afrontando a lógica da colonialidade: por uma epistemologia desobediente” faz parte da Série Desobediências e Democracias radicais: A potência comum dos direitos que vêm.
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DEMOCRACIA RADICAL E POTÊNCIAS (DES)CONSTITUINTES
“Pensar a democracia hoje requer compreendê-la enquanto um princípio revolucionário que nega o binômio Estado-capital, suas estruturas e ferramentas teóricas” (Os Organizadores)
Refletindo a democracia sem inserir a discussão na matriz dominante da filosofia ocidental, a obra “Democracia Radical e Potências (Des)constituintes: entre a revolução e a an-arquia", organizada por Andytias Soares de Moura Costa Matos e Joyce Karine de Sá Souza – e quarto volume da Série “Desobediências e democracias radicais: a potência comum dos direitos que vêm” –, traz em seus artigos questões sobre as contínuas possibilidades de abertura para novas realidades contrárias ao formato estatista.
Com o intuito de responder às urgências no que diz respeito ao que compreendemos como democracia hoje, vêm os autores e autoras demonstrar que existem possibilidades democráticas, comunitárias e integrativas ainda a ser conhecidas e trabalhadas.
“Democracia Radical e Potências (Des)constituintes: entre a revolução e a an-arquia" faz parte da série Desobediências e Democracias Radicais: a potência comum dos direitos que vêm.
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NUNCA REVERENCIAR: REFLEXÕES MARGINAIS SOBRE DESOBEDIÊNCIA CIVIL
A reflexão política sobre a desobediência civil segue, até hoje, nos moldes do liberalismo político em que o Estado se presta, basicamente a proteger o cidadão da própria liberdade. Com a proposta de distinguir a desobediência civil do mero crime, entendendo-a como um direito fundamental da pessoa frente a intrusões violentas do Estado.
“Se há algo que o direito não compreende é a realidade, e a política que a meneia é para ele um problema a ser resolvido toscamente com dinheiro ou cadeia.” (Os organizadores)
Com o propósito de não cair na vala comum dos pensamentos liberalizantes, os artigos reunidos nesta obra foram selecionados prezando a heterogeneidade acerca do tema. É um tema conflitivo e complexo pensar na desobediência civil como uma qualidade a ser explorada e não como um problema a ser eliminado.
Passando por temas que vão desde da definição de desobediência, seus aspectos jurídicos, como estratégia política, passando pelo fenômeno das ocupações urbanas, feminismo e várias outras perspectivas, buscam os autores e autoras oferecer uma abordagem rica e abrangente sobre o tema reforçando a desobediência como direito fundamental.
“Nunca Reverenciar: reflexões marginais sobre desobediência civil”, organizado por Andityas Soares de Moura Costa Matos e Ramon Mapa da Silva faz parte da série “Desobediências e Democracias Radicais: a potência comum dos direitos que vêm”.
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O ESTADO DE EXCEÇÃO ENTRE A VIDA E O DIREITO
Com textos que abordam o estado de exceção segundo a perspectiva decisionista da soberania, assim como outros que mostram toda crueza e violência de um estado de exceção desejado, mantido de forma perene pelo direito e pela política institucionalizada a obra “O estado de exceção entre a vida e o direito”, organizado por Suelen Tossige Gomes e Andityas Soares de Moura Costa Matos traz leituras que buscam formas de ruptura com o modus operandi da exceção, acenando para um pensamento crítico capaz de se reinventar e de criar, em sua própria potência, outras formas de resistir, de destituir, de desinstituir... Um pensamento capaz de produzir, como diria Walter Benjamin, verdadeiras exceções.
O presente volume compõe a série de livros Desobediências e democracias radicais: a potência comum dos direitos que vêm, contendo textos de pesquisadoras e pesquisadores que participaram do II Seminário Internacional do grupo de pesquisa "O estado de exceção no Brasil contemporâneo" (2017).
Os artigos ora publicados foram debatidos no Grupo de Trabalho O estado de exceção, e abrange visões críticas múltiplas sobre o tema, perpassando desde abordagens empíricas acerca de situações excepcionais que ocorrem contemporaneamente no Brasil, na América Latina e globalmente, até perspectivas teóricas e leituras transdisciplinares.
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INSURGÊNCIAS: DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA NAS REDES E NAS RUAS
Enquanto o mundo assiste perplexo ao incremento de técnicas de controle pelos poderes constituídos, os movimentos de resistência também vêm utilizando da tecnologia para fazer oposição e resistir a este controle quando ultrapassa o respeito aos direitos humanos e fundamentais.
Com uma série de artigos apresentados no I e II Seminário Internacional do grupo de pesquisa "O estado de exceção no Brasil contemporâneo", evento ocorrido entre 4 e 6 de dezembro de 2017 na Faculdade de Direito e Ciências do Estado da UFMG, são debatidos os imensos desafios trazidos pela era virtual, tanto pela perspectiva das novas formas de poder como também pelas novas formas do povo de oferecer resistência.
Abordando várias especificidades decorrentes das novas formas de comunicação e controle de informações, os autores e autoras analisam como o direito e a política vem lidando com o tema e o que poderá vir em seguida. Para tanto valem-se das perspectivas filosóficas clássicas para compreender, analisar e propor formas de resistir diante dos cada vez mais novos aparatos de controle do Estado.
“Insurgências: dominação e resistências nas redes e nas ruas” é organizado por Andityas Soares de Moura Costa Matos e Bruno Avelar morais Lima e faz parte da série “Desobediências e democracias radicais: As potências comuns dos direitos que vêm”.
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